
“Por uma Igreja sinodal. Comunhão, participação, missão”
Talvez, neste últimos tempos, tenha passado pela mente de muitos a pergunta sobre o Sínodo: “em que fase estamos?”Todos sabemos que o Sínodo da Sinodalidade teve a sua intensa realização no período de 2021 a 2024.
A última sessão, realizada em outubro do ano passado, apresentou a publicação do documento final, que traz indicações qualificadas como “magistério ordinário do sucessor de Pedro”, como o Santo Padre, o Papa Francisco, se expressou na nota que acompanha o documento final da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.
Estas indicações deverão ser acolhidas e implementadas, promovendo um estilo de viver a comunhão, participação e missão da Igreja. A carta do Secretário Geral do Sínodo, Cardeal Mario Grech, publicada no dia 15 de março deste ano, afirma que, em 11 de março de 2025, o Santo Padre deu aprovação final para o lançamento de um caminho de acompanhamento e avalição da fase de implementação.
O percurso deve envolver as Dioceses e Eparquias, Conferências Episcopais e Estruturas hierárquicas das Igrejas Orientais Católicas, bem como seus agrupamentos continentais, abrangendo institutos de Vida Consagrada, sociedades de Vida Apostólica, associações de leigos, movimentos eclesiais e novas comunidades presentes em seus territórios.
Os próximos passos
A fase sucessiva é da implementação do Sínodo. É o passo que não deve ser visto e entendido como “mera aplicação” de diretrizes vindas de cima, mas como um processo de recepção das orientações de maneira adequada às culturas locais e às necessidades das comunidades.
Deverá ser um processo harmônico aplicado nos diferentes contextos eclesiais, em conjunto com a Igreja inteira. É de suma importância garantir que esta fase seja ocasião de envolver novamente as pessoas que contribuíram, para devolver os frutos da escuta e do discernimento dos pastores na Assembleia Sinodal.
Diante da decisão de não convocar imediatamente um novo Sínodo, a Igreja optou por consolidar o caminho sinodal já iniciado, reforçando a prática concreta da sinodalidade em todas as estruturas eclesiais.
A partir de agora, será essencial que todas as instâncias eclesiais — desde o nível diocesano até as conferências episcopais — assumam a responsabilidade de aplicar e avaliar as diretrizes do Sínodo.
O Papa Francisco expressou seu desejo de que este processo fortaleça a comunhão entre as Igrejas locais e contribua para uma Igreja cada vez mais sinodal, aberta à participação de todos os fiéis e em constante discernimento com o Espírito Santo.
O itinerário que levará à celebração da Assembleia Eclesial, em outubro de 2028, será tracejado de modo a oferecer um tempo adequado e sustentável para iniciar o processo de implementação das indicações do Sínodo. Além disso, estão previstos encontros significativos de avaliação ao longo do percurso, conforme o seguinte cronograma:
• Março de 2025: Anúncio do processo de acompanhamento e avaliação;
• Maio de 2025: Publicação do Documento de Apoio para a fase de implementação, com diretrizes sobre sua aplicação;
• Junho de 2025 – Dezembro de 2026: Percurso de implementação nas Igrejas locais e nos agrupamentos eclesiais;
• 24 a 26 de outubro de 2025: Jubileu das Equipes Sinodais e dos Órgãos de Participação;
• Primeiro semestre de 2027: Assembleias de avaliação nas dioceses e eparquias;
• Segundo semestre de 2027: Assembleias de avaliação nas conferências episcopais nacionais e internacionais, nas estruturas hierárquicas orientais e em outros agrupamentos eclesiais;
• Primeiro semestre de 2028: Assembleias continentais de avaliação;
• Junho de 2028: Publicação do InstrumentumLaboris para nortear os trabalhos da Assembleia Eclesial;
• Outubro de 2028: Celebração da Assembleia Eclesial no Vaticano.
Coordenação Geral Arquidiocesana de Pastoral – ARQUIDIOCESE DE FEIRA DE SANTANA